A sambista Teresa Cristina e o historiador Luiz Antônio Simas deram o papo para Eduardo Paes: o primeiro a vacinar no Rio deveria ser Nelson Sargento, o baluarte da Mangueira, de 96 anos. “O sambista da linha de frente mais idoso que temos, e homenageado por Aldir Blanc e Moacyr Luz: guerreiro negro de Palmares, Nelson é o mestre-sala dos mares nas águas da Baía de Guanabara”, disse Simas.
Assim como eles, a campanha está forte nas redes. E o prefeito, fanático por carnaval respondeu: “Adoraria mas tenho que respeitar a ordem estabelecida pelo Programa Nacional de imunização. Primeiro agora são profissionais de saúde, idosos em asilos, indígenas e quilombolas”.
Também rolou uma campanha para que a portelense Tia Surica, de 80 anos, fosse a primeira a receber a agulhada mais esperada do ano. Mas ela disse que, até chegar sua vez na fila, “vou ficar quietinha em casa, mesmo se já estivesse vacinada. Perdi amigos, pessoas queridas na pandemia”.
Um lote de 487.500 doses da CoronaVac chegou ao Rio, às 13h desta segunda (18/01), e a vacinação começa às 17h, no Cristo Redentor. A primeira remessa vai imunizar, nas contas do Ministério da Saúde, 232.521 fluminenses dos seguintes segmentos: trabalhadores da Saúde, pessoas com 60 anos ou mais (em asilos ou abrigos), pessoas com deficiência institucionalizadas (internadas), indígenas e quilombolas em terras próprias. Esse grupo vai receber duas doses, com intervalo de duas ou três semanas.