Enquanto muitas livrarias fecham — como a Timbre, a última que publicamos aqui —, Cavi Borges vai inaugurar a Biblioteca de Cinema Marialva Monteiro, dia 4 de fevereiro, nas Casas Casadas, em Laranjeiras, sede da RioFilme. Em outubro, ele inaugurou o Centro Cultural Cavideo, única locadora sobrevivente na cidade, que se tornou produtora e distribuidora de filmes. No espaço anexo, vai funcionar a primeira biblioteca dedicada ao cinema do Rio, especializada em livros, catálogos e revistas.
Em menos de um mês, Cavi recebeu, mais ou menos, dois mil livros, doados por nomes do audiovisual, como Isabel e Cacá Diegues (ela, da editora Cobogó e filha de Cacá; ele um dos cineastas mais reconhecidos do País), Mário Abbade (crítico de cinema e cineasta), Denise Lopes (professora de cinema da PUC), Ilda Santiago (sócia do Estação Botafogo), entre amigos e frequentadores da Cavideo. “Não gastei 1 real para abrir essa biblioteca, mas diariamente tenho recebido livros. Para superar este momento, temos que nos unir e ajudar uns aos outros. Quanto menos apoio e patrocínios, mais amigos e parceiros precisamos juntar para formar uma rede cultural de solidariedade. O importante é não parar de criar e se expressar”, diz Cavi.
No dia da inauguração, teremos o lançamento de quatro livros, dentre os quais, “O Cinema Carioca na Lente da História”, da RioFilme, sobre os cinemas antigos de rua da cidade.
A biblioteca vai emprestar aos interessados os livros, gratuitamente, por até uma semana; eles podem ler e fazer consultas no local. O nome é uma homenagem à educadora e fundadora do CINEDUC, Marialva Monteiro, que se dedica, há mais de 50 anos, a usar o cinema como ferramenta de educação para crianças e jovens.