Na próxima quarta (16/12), o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Rio (SARJ) vai fazer um debate virtual sobre as propostas de construção do “Parque Público do Camboatá”, na região da Floresta do Camboatá, que corre o risco de virar autódromo. Entre os participantes, estão Haroldo Lima, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico; Rodrigo Bertame, presidente do SARJ; os engenheiros florestais Celso Junius e Beto Mesquita; Abilio Tozzini, arquiteto do Conselho Municipal de Meio Ambiente da Cidade do Rio (CONSEMAC).
É sabido que, em maio de 2019, Jair Bolsonaro assinou, junto ao governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella, um termo para a construção de um autódromo, para trazer a Fórmula 1 de São Paulo para o Rio. No mesmo mês, o grupo Rio Motorsports venceu licitação para executar o projeto, orçado em R$ 697 milhões, e administrar o circuito por 35 anos. Nos últimos meses, o Movimento SOS Floresta do Camboatá e o Ministério Público vêm fazendo objeções à obra e, através de decisões judiciais, foi freada uma audiência pública sobre a construção, fora a revolta generalizada da população.
Nesta quarta (09/12), o SARJ e a Conferência Livre Estadual de Meio Ambiente e Agricultura do Rio () divulgaram uma nota em apoio aos técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que vem sofrendo pressão política para liberar o licenciamento ambiental do Autódromo de Deodoro.
“Tornamos público o nosso repúdio às pressões políticas para apressar a análise e a liberação de pareceres favoráveis ao licenciamento ambiental de grandes empreendimentos, desconsiderando aspectos legais, sociais e ambientais. Ao avaliarem o estudo de impacto ambiental apresentado pelo Rio MotorPark, os técnicos apontaram irregularidades, deficiências e inconsistências no projeto e emitiram um parecer desfavorável, à revelia das pressões políticas”, diz trecho do texto, assinado por 124 instituições que compõem a CLEMAARJ.