Mais um sobressalto para muitos cariocas: Marcelo Crivella anunciou, nesta terça (15/12), que, pela pandemia, não vai ter festa de réveillon no Rio. Já estava programado um modelo diferente, com seis palcos de shows instalados em vários pontos, mas sem público, com tudo transmitido pelas redes sociais e TV aberta. Esquece! Pelos aumentos da Covid-19 no estado, a Prefeitura decidiu “avaliar” o formato da festa, em assunto que foi debatido com a Secretaria Municipal de Saúde e pela Vigilância Sanitária com integrantes do Comitê Científico. “Quando anunciamos o novo modelo para o réveillon, falamos em responsabilidade social. O nosso discurso permanece. O motivo do cancelamento nada mais é que uma decisão consciente e responsável”, afirmou Fabricio Villa Flor, presidente da Riotur.
E como aquietar os ânimos de fim de ano? O jeito, provavelmente, vão ser as festas em hotéis, as particulares em casas alugadas, nas areias das praias (por enquanto, liberadas), em restaurantes, bares, festinhas. A maioria, clandestinas. “Esta é uma decisão necessária para a proteção de todos. A festa será a da esperança por bons resultados das vacinas para conter a pandemia. Será ainda um momento de reflexão sobre um ano difícil, de luta, com lamentáveis perdas de tantas pessoas. E será também hora de dar graças a Deus pelas vidas salvas”, concluiu Crivella.
A propósito, uma pesquisa divulgada pelo Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio (Hotéis Rio) diz que cerca de 58% dos quartos de hotéis da cidade já estão reservados para o réveillon, apenas 10% a menos que no ano passado. Além disso, segundo uma pesquisa da FGV, sem eventos de réveillon e carnaval, o Rio vai perder R$ 10 bilhões e 150 mil empregos.