A morte de Maurício Mattos é uma baixa para o carnaval carioca. O empresário morreu na tarde desta quarta-feira (23/12), com a Covid-19, aos 77 anos. Seu camarote, o “Rio, Samba & Carnaval”, é o mais longínquo e tradicional do carnaval carioca, disse a colunista Hildegard Angel. Não raro, ouvia-se falar que o PIB brasileiro estava na Marquês de Sapucai, sempre no camarote dele, com ótimos chefs, ótimos shows e ótima visão das escolas. Camarotes-sardinha, como os das cervejarias, nem pensar!
O empresário também foi presidente da Acadêmicos da Rocinha, levando a escola ao título do Grupo de Acesso e, posteriormente, ao Grupo Especial. Portelense fanático, no carnaval deste ano, foi convidado por Monarco para integrar o carro da Velha Guarda da escola. “Isso foi um grande orgulho para ele, uma espécie de reconhecimento por tudo que fez; não deixou de ser uma despedida também. Perdi um grande amigo, portelense dos bons e que tinha muito amor pela escola”, diz Tia Surica, integrante da Velha Guarda da agremiação.
Luís Carlos Magalhães, presidente da Portela, também comentou: “Ele foi um gigante do carnaval, todos sabemos. Pioneiro das alas de estudantes, abrindo espaço para outros tipos de componentes, outras paixões; pioneiro na atração de ainda outros públicos em seu camarote histórico. Foi incomparável em seu amor pela Portela.”
Por Acyr Méra Júnior