Recém-reeleito, o vereador Carlos Bolsonaro entrou com um projeto de lei, publicado no Diário Oficial dessa quinta (03/12), que deve desagradar aos militantes. O filho nº 2 do Presidente quer proibir o uso de “linguagem que, corrompendo às regras gramaticais estabelecidas e aprovadas no País, pretendam se referir a gênero neutro, inexistente na Língua Portuguesa”. É um modo de se referir a todos sem particularizar o gênero, usando uma terceira letra substituindo o A e o O do feminino e masculino, substituindo, por exemplo, pelo E ou X, como em “todes” ou “todxs”.
Segundo o texto, a medida seria para “as escolas da rede municipal e particular, como forma de defesa não somente da educação correta e regular de nossa língua, mas também, da cultura brasileira e dos valores desta Nação e de nossas famílias, detentoras do direito inalienável de uso do Português na forma e no conteúdo corretos, sem perversões e alterações maliciosas e progressistas de suas bases”.
O projeto, se aprovado, prevê penalizações às escolas que não respeitarem a norma, como advertência e suspensão do alvará de funcionamento, dizendo ainda que “mudanças linguísticas não acontecem para atender a pautas identitárias imaginárias e na contramão da ciência biológica”. Que tal?