Candidatos cariocas começam a receber uma carta-manifesto do grupo Arte Vive! — movimento das artes visuais por políticas para o setor —, no início desta semana, pedindo socorro para a cultura, não só pelo rombo da pandemia como também pelos últimos anos de pouco ou quase nenhum incentivo na área.
Entre os principais pontos, liberdade de expressão artística, como um direito assegurado pela Constituição em seu art.5; aumento da verba pública para a Secretaria Municipal de Cultura e a criação de políticas continuadas de investimento, construção e manutenção para museus, arquivos, casas de cultura, bibliotecas, arte pública, centros e lonas culturais.
O Arte Vive! é um desdobramento da mobilização de 2008, quando foi feito um documento com reivindicações, entregue à então Secretária de Cultura, Jandira Feghali e, mais recentemente, em 2019, do movimento “Mar Vive”, criado para impedir o fechamento do Museu de Arte do Rio, que esteve ameaçado. Lembra?
“Infelizmente, o pouco investimento municipal na difusão da produção artística reduz o potencial de nossos museus e centros culturais e, com isso, de nossos artistas e criadores. Quando espaços de referência têm suas programações descontinuadas, gera-se um grande descompasso entre a qualidade e a intensidade das realizações artísticas no Rio. O impacto na experiência da vida na cidade é negativo, e há uma grande perda de oportunidade de geração e distribuição de recursos”, diz trecho do texto, assinado por mais de 200 nomes, como dos artistas plásticos Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Ernesto Neto, a diretora de teatro Bia Lessa, a curadora do MAR Amanda Bonan, a curadora Evangelina Seiler e outros.
A carta tem, até agora, pouco mais de 1.200 adesões.