Quando boa parte do mundo fecha as porteiras, o Rio abre: Marcelo Crivella liberou as areias da praia — e, com isso, o aluguel de cadeiras e guarda-sóis, a montagem de barracas e os ambulantes -, e pistas de danças em bares, boates e festas, além dos serviços de self-service. A medida foi anunciada nesta terça (03/11). É a 7ª e última fase de flexibilização prevista pelo governo municipal. Também fica permitido o funcionamento das escolas municipais e particulares, as visitas hospitalares e eventos esportivos de rua “É remota, nas condições atuais, chance de uma segunda onda na cidade”, disse Crivella.
Um decreto que, vamos combinar, já vem funcionando há muito tempo extraoficialmente, com as praias cariocas lotadas, como aconteceu nessa segunda (02/11) de feriado, mesmo com a máxima nos 25º. No dia anterior, o prefeito já havia defendido a retomada da economia já que, segundo ele, “as mortes por covid-19, previstas pelos especialistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), na capital fluminense, não aconteceram”, em apresentação ao vivo em sua página no Facebook, na qual, pela primeira vez, aparece ao lado de Jair Bolsonaro, na tentativa à reeleição.
Nas redes, algumas pessoas fingindo surpresa com o decreto: “Prefeitura do Rio libera praia e restaurante self-service, e eu achando que já estava tudo liberado, porque vejo tudo com superlotação”; “Crivella não havia dito que só abriria depois da vacina? O que uma eleição não faz, né, mores!”; “Acabou a pandemia no Rio”; “Meu Deus! Vai ser uma execução coletiva com requintes de crueldades ou suicídio coletivo?”; “Acho que tem gente que não vê o que está acontecendo com a Europa. Hoje é dia 3 de novembro, tomara que o Rio não venha a sofrer com a segunda onda”, e por aí vai.
De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, são 20.636 mortes e 311.308 casos ativos.