O Beco das Garrafas, em Copacabana, vai ter a terceira reinauguração da sua história desde 1950, com algumas novidades “adaptadas”, além de show com Helô e Marlon Mouzer, incluindo uma palhinha de João Donato e a exposição “Bossa & Jazz”, de Cristina Granato, com muitos personagens que passaram pelos salões do Bottle’s Bar, nesta quinta (05/11).
Fechado há oito meses com a pandemia, os sócios Amanda Bravo, Sérgio e Mauricio De Martino fizeram um financiamento coletivo com meta de R$ 40 mil para manter os negócios, mas foram arrecadados pouco mais de R$ 22 mil, além da ajuda de amigos e doações, e não deu mais para segurar — aproveitando a 7ª fase da flexibilização de Crivella.
“O Beco é berço da Bossa Nova. As paredes da casa já falam, a energia daqui é especial, a história é intensa – tanto há 60 anos quanto como reabrimos, em 2013. Temos muitos arquivos, fotos, materiais de pesquisa. Estamos abrindo com uma parte, pois não temos dinheiro para mais”, diz Amanda, sobre as imagens de Granato, colaboradora habitual da coluna.
A programação musical, por enquanto, será de quinta a domingo. “O turismo ainda não se normalizou, as pessoas estão evitando lugares fechados, e nosso palco não permite mais do que dois músicos. Estamos apostando no estilo um banquinho e violão da bossa”. E, até por isso, vai funcionar com capacidade de público reduzida em 70%. Durante os shows, as portas vão ficar abertas; o som, reduzido; e o público deve sair a cada 1 hora para renovação do ar.