O músico Davi Moraes estava destruído no enterro da mãe, a produtora Marília Mattos, que morreu nessa quarta (26/11), aos 69 anos, de infarto. Ele dizia aos amigos e parentes que ainda não tinha se recuperado da morte do pai, Moraes Moreira, em abril deste ano, pelo mesmo motivo. Marília é carioca, mas viveu por muitos anos em Salvador, onde conheceu Moraes por lá e tornou-se musa do cantor e compositor. Mesmo depois de separados, tornaram-se os melhores amigos.
No velório, no Crematório da Penitência, no Caju, Davi ainda cantou “Mulher e a cidade Marília” (1981), composta pelo pai em homenagem a então mulher, assim como várias outras, entre elas, o frevo “Pombo-correio” (1977), e “Marília”, de 1982, nos versos “Maravilha, eu encontrar com você nessa ilha, que é o nosso viver, mãe e filha, seja de todo prazer, mar e ilha, Marília, eu e você”.
O figurinista Cao Albuquerque, grande amigo de Marília, fez um discurso emocionado da época em que conviveram, dizendo que Marília sempre foi uma mulher livre e nunca deixou ninguém dar pitaco em sua vida. Marília também é prima dos irmãos Antonio Cicero e Marina Lima.