Entre as obras de arte que “encalharam” no leilão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, do extinto Banco Santos, que estarão disponíveis, nesta quarta (21/10), pelo site do leiloeiro James Lisboa, chama atenção uma queda por fotografias contemporâneas. No entanto, uma das descrições que mais se veem repetidamente é “nu”, em suas variadas formas e gêneros, num, digamos, “gosto erótico diverso”.
O lote 949, por exemplo, é um seminu de Luiza Brunet, pelas lentes de Antonio Guerreiro (1947-2019), com lance inicial de R$2.200 e, ainda, quatro retratos de Vivienne Maricevic, de quatro atrizes pornô americanas bem conhecidas (Cassandra Leigh, Sharon Mitchel, Marlene Willoughby e Tiffany Clark), outras 20 imagens do paulistano Fábio Cabral, autor do polêmico livro “Anjos Proibidos” (1991), do japonês Masaaki Nakagawa (um tanto ousadas), do paulistano Marcelo Lerner, do italiano Gaudenzio Marconi (1841-1885), cujas fotografias inspiraram artistas como Auguste Rodin — os preços variam de R$ 600 a R$ 2.500.
Sobraram pouco menos de 400 itens, entre eles, uma espécie de álbum de fotografias de Edemar, em eventos do banco, fotos pessoais e com convidados nas grandiosas festas que dava em sua casa, no Morumbi, que ele teve que deixar em 2010 e foi vendida também, num leilão, por R$ 27 milhões para o empresário de educação Janguiê Diniz (o prédio vai ser transformado em uma escola). O leilão do grande acervo de quase duas mil obras, entre quadros, esculturas, fotografias e esboços de artistas famosos, começou em setembro e arrecadou, até então, R$ 151 milhões.