Evelyn Rosenzweig, presidente da Associação de Moradores do Leblon (AmaLeblon), pede direito de resposta ao “Opinião”, da empresária Denise Preciado, dona do restaurante Togu, na Rua Dias Ferreira, publicado aqui, nessa quarta (21/10). No texto, Denise defende a volta dos cariocas ao convívio social, lembrando as restrições trazidas pela Covid, e também comemora a decisão de a Prefeitura liberar o funcionamento sem horário para fechamento: “Trouxe uma tranquilidade muito grande. O carioca tem hábito de comer tarde; muitas vezes, chega para jantar à meia-noite. Nós nos víamos quase enxotando as pessoas. O Leblon, principalmente, é um bairro mais noturno e, por ter vários restaurantes na mesma rua, passa mais segurança”. Ela fala também que a Dias Ferreira é um ícone, do seu clima alegre e festivo e, ainda, da possibilidade dos encontros surpreendentes para diferentes gerações.
Aqui a resposta da AmaLeblon: “Nessa quarta (21/10), tive um dia exaustivo para provar ao prefeito e até aos gênios conselheiros politiqueiros, ávidos por votos, mesmo que através da promiscuidade, que estão dando o maior tiro no pé, visto essa história da Prefeitura. Em momento algum, a empresária Denise Preciado manifestou preocupação com os incômodos que o novo ‘libera geral’, sem nenhum amparo legal, vão causar, mais ainda à sua vizinhança. Como sempre, alguns empresários pensando e agindo de forma egoísta, sem nenhuma empatia pelos moradores e até ignorando colegas que pensam diferente. Ao contrário, ainda há empresários solidários e compassivos com o sofrimento que o comércio desregulado tem trazido para os cidadãos contribuintes da vizinhança da Dias Ferreira nos últimos meses. O trabalho da AmaLeblon sempre é o mais inglório, e lutamos contra forças supostamente influentes, que, aliás, são absolutamente coerentes com a natureza da índole do carioca: praticar o ilegal e pensar só em si, independentemente da classe socioeconômica”.
Em seu depoimento, Denise lembra a importância de respeito às regras já que estamos numa pandemia.
Pedro Artagão, chef e empresário de gastronomia, dono do Boteco Rainha, na Dias Ferreira, e de outros restaurantes no Leblon, também comenta sobre a mudança de horário: “O problema maior é que o Leblon foi lotado pelos ambulantes. Quando tinha restrição de horário, os restaurantes fechavam até a 1 da manhã, os ambulantes já estavam estacionados; muitos trazem até caixa de som. Os restaurantes estando abertos, ou seja, tendo um serviço oficial, ajuda a coibir a balbúrdia da rua, diminui esse rescaldo. Tem que combater é aquilo que é ilegal”.