A Associação de Moradores de Copacabana (Amacopa) criou, nesta segunda (19/10), um abaixo-assinado endereçado a Marcelo Crivella para tentar salvar o jequitibá centenário do Parque Estadual da Chacrinha. Segundo a associação, em abril de 2019 — isso mesmo, do ano passado —, depois das chuvas intensas que causaram deslizamentos no parque, o solo ficou instável e deixou as rochas soltas, que podem rolar, assim como desprender as raízes do jequitibá. “Solicitamos à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) providências em relação à estabilização da espécie ameaçada de extinção e também medidas preventivas para proteger as pessoas”, diz o texto do abaixo-assinado online. A árvore tem mais de 300 anos e 30 metros de altura.
A petição foi criada mesmo depois da visita de Bernardo Egas, secretário do Meio Ambiente, na última semana, acompanhado do engenheiro florestal Salvador Sá, que descartou o risco de a árvore cair. “Vimos que ela está com saúde e firme no terreno. Na área do deslizamento, já podemos observar a regeneração da mata, e o jequitibá está aparentemente muito estável, saudável, e não apresenta nenhum sinal de injúria. A árvore apresenta raízes muito grossas, entranhadas no terreno e está assentada sobre um imenso bloco de rocha que faz parte da encosta”, afirmou Salvador. Durante a visita, Egas anunciou que técnicos da secretaria vão coletar alguns ramos do jequitibá para produzir mudas com esse mesmo material genético, com o objetivo de preservar a história da árvore.
O Chacrinha é uma Unidade de Conservação. Completou 51 anos em maio deste ano, tem 3,7 hectares de vegetação da Mata Atlântica, servindo como refúgio para algumas espécies de fauna e flora, além de desempenhar um papel importante no clima da região.