A reação do jornalista americano Anderson Cooper, âncora da CNN, viralizou nas redes quando ele segurou a surpresa ao ouvir a música “Macho Man”, do Village People, no comício de Donald Trump à reeleição nessa segunda (12/10), em Sanford, na Flórida. Foi o primeiro evento público do presidente americano fora da Casa Branca, desde o diagnóstico da Covid-19. A propósito, Cooper é assumidamente gay, adora o Brasil e sempre passa férias no Rio, antes de seguir para Trancoso, na Bahia, onde mantém uma casa.
Trump pode sofrer consequências já que, em junho, o cantor Victor Willis, líder da banda, proibiu o presidente de usar as músicas de seu grupo em eventos em que aparece publicamente, especialmente as faixas “YMCA” e “Macho Man”, consideradas hinos da comunidade LGBTQ+. Era uma prática frequente — em 30 de maio, a música foi tocada durante o lançamento do foguete da empresa SpaceX, acompanhado do seu vice, Mike Pence, defensor da terapia de conversão para homossexuais.
Trump escolheu as duas canções tão populares — incluindo “YMCA”, também do Village — para estabelecer um relacionamento com seus apoiadores que fazem parte da sigla. O Village People se junta a uma longa lista de artistas que proibiram suas músicas em seus comícios, como Adele, Aerosmith, The Beatles, Bruce Springsteen, Eddy Grant, Elton John, Guns N ‘Roses, Linkin Park, Luciano Pavarotti, Neil Young, Nickelback, Panic At The Disco, Pharrell Williams, Queen, REM e Rihanna.
Alguém imagina Jair Bolsonaro ou Marcelo Crivella terminando um comício ao som de Pabblo Vittar? No mais, o presidente americano disse querer beijar as belas mulheres ali presentes, como se aquilo fosse hora de ameaçar as pessoas.
— Jonah Rodriguez (@BookofJonah) October 13, 2020