Atualizada às 22h20.
Segundo o site especializado “Carnavalesco”, um grupo de estudiosos, formado por integrantes do Museu do Samba e do Laboratório de Arte Carnavalesca (LAC), protocolou, na Riotur, nesta quinta (24/09), o desejo de fazer a festa em sua data original (fevereiro de 2021), mesmo sem vacina e com a pandemia ainda causando restrições, momentos antes em que a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) reúne-se para decidir se vai ou não haver desfile. (Atualização) Ficou decidido que o carnaval não vai acontecer em 2021. Segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, qualquer avaliação de nova data depende da marcação de uma campanha de vacinação. Questionado se o desfile poderia ser em junho, porém, ele disse que é uma possibilidade.
A ideia do grupo é apresentar propostas que tornem o evento completamente diferente e seriam postas em prática depois de conversa e aprovação de autoridades sanitárias, por exemplo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A ideia é dividir a festa em fases, sendo a primeira com todo o desenvolvimento básico dos desfiles, que poderiam ser feitos pelos carnavalescos de suas casas; num segundo momento, as fantasias poderiam ser produzidas nos barracões ou nas casas dos componentes, com todas as recomendações; em seguida, o projeto se adaptaria conforme os resultados e a evolução da vacina.
Entre as ideias enviadas à Riotur:
– organizar, paralelamente, um concurso com produção de alegorias e exibir num site, para votação pública, gerando engajamento com as escolas e renda para os trabalhadores do barracão;
– resgatar o “corso”, o desfile de rua dentro dos carros;
– concurso de fantasias de luxo dos destaques das escolas de samba, que pode ser transmitido pela Internet ou pela TV, como acontecia décadas atrás, evitando aglomerações;
– fazer o desfile sem público presencial (pode fazer como um NBA e colocar o público em telas de LCD, ao longo da Avenida), podendo cobrar ingresso dessas pessoas e vender os direitos de transmissão;
– aproveitar o ritual carioca de ver os carros alegóricos na Presidente Vargas nas manhãs dos desfiles e espalhar os carros que estão prontos de outros carnavais, ou que completados, sendo feitos para 2021, nas ruas da cidade, em diferentes avenidas, na frente das quadras etc;
– aproveitar a Praça da Apoteose como local de “comunhão” das escolas, juntando alguns representantes de cada uma e transmitindo lives.