Se der um Google no nome Felipe Neto nesta terça (23/09), a busca lhe dá mais de 50 milhões de links em 0,61 segundos. Desde a noite dessa segunda (22/09), quando foi liberada a lista das “100 pessoas mais influentes do mundo em 2020”, pela revista americana “Time”, a Internet veio abaixo, a maioria elogiando a colocação do YouTuber e empresário, de 32 anos, que tem mais de 51 milhões de seguidores nas redes sociais — contando os 39 milhões do YouTube e os 12 milhões do Twitter.
Neto aparece na categoria “Ícones” e, na mesma publicação, está Jair Bolsonaro, em “Líderes”, informando os 137 mil mortos pela Covid-19, a “pior recessão em 40 anos” e os “mais de 29 mil incêndios na floresta amazônica apenas em agosto”, mas mostra também o apoio de 37% dos brasileiros.
É sabido que Neto é opositor ao atual governo, como ficou claro no vídeo de opinião publicado pelo “The New York Times”, que correu o mundo em julho. Enquanto a oposição só aparece com notas de repúdio, ou com reações, já que as ações são todas do Bolsonaro. Ou no papel de claque ao presidente, disse o jornalista Octávio Guedes, na Estúdio I, da Globonews, nesta quarta (23/09).
Mas, lá em 2017, a coluna fez uma entrevista com o YouTuber, até então com modestos 12 milhões de seguidores em seu canal, e podemos conferir que de política ele sempre entendeu e também era contra o governo de Lula ao falar sobre projetos sociais, como o Bolsa Família: “Tenho certeza de que, se os projetos sociais tivessem sido melhor formulados e executados, o país não estaria nessa situação catastrófica em que está. Não entendo de economia, mas pelo que acompanhei, o resultado social desses programas ficou mais na maquiagem de números do que num benefício real – quantas dessas pessoas não estão voltando para a linha de pobreza? É o mesmo que dizer que um objetivo errado, de resultado de curto prazo, é uma coisa maravilhosa. O PT sempre teve uma conduta de governar pelo poder, e não pelo povo. Lula foi uma figura maligna para o país, mas também não tolero o PSDB. No momento, nenhum político me representa”. A entrevista completa está aqui.
A propósito, a lista dos 100 mais influentes é publicada desde 2004. Bolsonaro também havia sido incluído entre os 100 mais influentes em 2019. Dilma Rousseff foi citada em 2011 e 2012, e o ex-presidente Lula, em 2004 e 2010.