Segundo o biólogo Mario Moscatelli, colaborador da coluna, “a festa tinha data para acabar”, sobre as águas claras vistas no Rio na pandemia, explicando que o “fenômeno” era apenas uma conjugação de marés altas de sizígia (alinhamento de três corpos celestes) astronômicas e meteorológicas.
Ele mostra nas imagens da Enseada de Botafogo, deste sábado (05/09), para dizer que tudo voltou ao normal. “A turma se animou, tentando associar a reclusão com o efeito na natureza. Ledo engano. Colocando água no chope, pois o efeito paradisíaco, infelizmente não iria durar muito. Portanto, aí está confirmada a previsão ambiental mediúnica. Esse cartão postal da cidade, retomando seu papel de cloaca, recebendo excrementos da foz dos rios Banana Podre e Berquó. Nada de novo, tudo dentro da normalidade ambiental da cidade”, diz Mario.
Assim como publicado aqui sobre a Marina da Glória, o esgoto despejado ali é parte da obra feita para as Olimpíadas de 2016, ao custo de R$ 14 milhões e, dois anos depois, de nada adiantou. “Continuamos acompanhando o ‘terrorismo ambiental de estado'”, finaliza Moscatelli.