Depois da explosão em Beirute, no Líbano, nesta terça (04/08), com mais de 50 mortos e 2.750 feridos até agora, as redes sociais subiram a hashtag “Cancela 2020”. Os internautas estão comparando os seis primeiros meses do ano com uma série de ficção.
Entre os destaques da temporada, pode-se dizer que o primeiro episódio foram as chuvas e enchentes, mortes e desabamentos no Sudeste, logo no início do ano. A grande protagonista foi a Covid-19, que chegou, levou milhares de vidas e parece que vai ficar por um bom tempo; além dela, teve cerveja de fábrica mineira contaminada, que matou quatro pessoas e levou muitas aos hospitais; a água podre da CEDAE em vários bairros do Rio; o assassinato do americano George Floyd por um policial, estopim para os movimentos “Vidas negras importam” no mundo inteiro; o ciclone-bomba, que atingiu os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná; a nuvem de gafanhotos no Uruguai e Argentina, tudo sem falar nos eventos políticos, que merecem uma série à parte.
A cultura do “cancelamento” não é novidade, já que os internautas também crucificaram 2019, ano que também colecionou acontecimentos trágicos, como o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), que matou ao menos 252 pessoas; o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, matando 10 adolescentes; as tempestades randômicas no Rio, com mortos e desabrigados; um massacre em uma escola na cidade de Suzano, no interior de São Paulo, com 10 vítimas, todos esses acontecimentos nos três primeiros meses daquele ano — sem falar nas queimadas na Amazônia, em agosto, na chegada de um misterioso óleo nas praias do Nordeste e Sudeste, além das crises políticas. E, claro, muita gente está com receio de 2021 em versão turbinada. Cruz credo!