Nélida Piñon concluiu “Um dia chegarei a Sagres” (Editora Record) durante esta quarentena. O livro, começado em março de 2018, em Portugal, já foi vendido para a Espanha mesmo antes do lançamento. O isolamento tem sido rigoroso para a escritora: “Sou uma das poucas cariocas que não foram nem ao elevador, desde 12 de março. Não tive nem um dia de sobressalto, mau humor ou depressão. Divirto-me enormemente; fico muito bem comigo”. E completa: “Meu medo não é da morte, meu medo é ser entubada. Entre um e outro, prefiro morrer; teria horror de ser escrava da vontade alheia”.