O escritor e artista plástico goiano Hector Ângelo está tendo que se virar na quarentena, assim como tanta gente. Criatividade não é problema: Hector está vendendo seus desenhos a preços populares, de uma maneira diferente: você pega aquela peça jeans, envia-lhe e ele faz a “arte”. “Em meio a esta crise, muitas pessoas estão sem condições de comprar roupas, né? Aí me veio a ideia de customizar peças em jeans usadas, transformando o produto em algo novo. E o custo será de apenas R$ 30 “, explica.
O artista, que começou a carreira de escritor aos 7 anos, ficou conhecido aos 15, quando foi convidado para expor o quadro “’Eu sou o gay que sofre com a homofobia”, na 10ª Art Shopping Paris — Carrousel do Louvre, durante a Semana de Arte Contemporânea, em 2017. No ano seguinte, seu nome foi incluído no ranking dos 50 artistas plásticos mais influentes do mundo pelo guia “The Best Modern and Contemporary Artists”, sob a curadoria dos italianos Salvatore Russo e Francesco Saviero.
“Todo desenho tem uma história por trás, e eu as contava para a minha mãe. Aos 7 anos, quando fui alfabetizado, resolvi juntar a escrita com os desenhos. Foi quando publiquei o meu primeiro livro, ‘A Girafa que foi ao Espaço”. Atualmente, meu foco é mais nas artes plásticas, só que eu nunca vou deixar de escrever”, diz ele, que já lançou mais outros quatro títulos desde então. Seu trabalho é sempre ligado à diversidade, inclusão e combate a qualquer forma de discriminação e preconceito.