Aloisio de Abreu tem feito versões provocativas para clássicos da MPB nesta quarentena. A mais recente é “Melhor tu já ir”, segundo ele, “uma versão encapetada da épica “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque” — só para lembrar aquela que diz “joga pedra na Geni, ela é feia pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni”. Um trecho da letra de Abreu ficou assim: “O ex-sinistro da Justiça hoje é um caso de polícia, são palhaços do planalto; mas a coisa tá mudando, panelaço bombando, é o povão a repetir: tira logo ele daí, taca pedra nisso aí, ele é feito pra zoar, dá vontade de zunir, tão dizendo por aí, melhor tu já ir”. As composições são sempre acompanhadas do músico André Payart, amigo e parceiro musical do ator.
Na semana passada, Aloísio lançou “Corona” — “a versão infernal da clássica ‘Dona’, de Sá & Guarabira”: “Corona, vírus babadeiro; corona, acabou com o meu dinheiro; corona, na moça e no rapaz; corona, eu não aguento mais! Não suporto mais ver live, eu só faço engordar, quero encarar uma fila no metrô, barraquear; quero engarrafamento, balançar no meu busão; tô bebendo todo dia, passo uísque até na mão; eu tentei distanciamento, mas só quero me agarrar, seja bicho de pelúcia, fruta, homem ou mulher; já lambi um corrimão, quero sexo e confusão; esse tal confinamento me deixou de pau na mão…”. Ele promete que, assim que os teatros reabrirem, fazer um show com as criações da quarentena.
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