Patrick Benfica, 24 anos, estudante de Museologia e História, que deu depoimento a esta coluna sobre a morte de três parentes por Covid-19, acaba de perder mais um: sua tia-avó, Rosinha, na madrugada desta quinta (28/05). Ela estava internada no hospital de campanha do Leblon, há 40 dias. Diabética, ali chegou com sintomas da doença e teve que ficar entubada por mais de duas semanas, o que causou uma infecção bacteriana e outras complicações. Os outros foram o tio Emanuel, dentista, de 56 anos (25/04); a tia Márcia, pedagoga, de 45 anos (26/04), ambas, pessoas saudáveis, sem doenças associadas, e a outra tia-avó, Rita, de 80 anos (27/04), que tinha pneumonia.
Detalhe: eles não moravam juntos e nem sequer se visitavam, o que significa que se contaminaram de fontes diferentes. “Chorei muito quando recebi a notícia; agora estou meio que em negação. Quando ela pegou o vírus, e não sabemos de onde, não sabia, e o quadro foi evoluindo. Ela era muito querida e alegre. Pra mim, a pandemia significa tempo de dizer adeus sem dizer adeus”, diz ele, que também teve o vírus, assim como a mãe, assintomático.