“É inaceitável o pouco caso com que o presidente sempre tratou a pandemia e as mortes. Ele não demonstra nenhuma solidariedade com as famílias que estão perdendo as pessoas que mais amam. O presidente nunca deu à pandemia a importância que ela merece. Em vez de ser o líder das ações de Saúde e de Economia, sempre tomou para si o papel de criar crises e mais crises”, disse o governador do Rio, Wilson Witzel, rebatendo nesta quarta (29/04), a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes causadas pelo coronavírus no País, quando respondeu sobre o Brasil ter ultrapassado o número de vítimas da China com a frase “e daí? Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre”. Witzel também destacou, em suas redes sociais, que “o Brasil deve ser o único país do mundo que está tendo que viver uma crise de saúde, econômica e política, tudo ao mesmo tempo. E com um presidente que finge que a pandemia não é assunto dele. Ele deveria ser uma liderança em um momento como esse, chega a ironizar as mortes”. Na manhã desta quarta, Bolsonaro responsabilizou governadores pelo aumento do número de mortes.
Enquanto isso, o prefeito Marcelo Crivella declarou: “Conheço o presidente; nós somos amigos de longa data, ambos servimos o Exército. Não sei se tem brasileiro com o coração tão generoso quanto o daquele guerreiro. Garanto a você que o que acontece é que, às vezes, o presidente é mal interpretado. Ele faz um esforço enorme para tocar este país com as controvérsias todas, com aqueles escândalos de corrupção que tivemos no passado. O presidente manifestou o desejo que todo brasileiro tem de a gente voltar logo. Pode ter certeza de que jamais – é uma coisa remota – ele tenha manifestado desprezo pela vida das pessoas. Ele tomou uma facada na barriga para o povo brasileiro não tomar uma facada nas costas”.