A fotógrafa e colecionadora de arte Linda Conde, a mais carioca das dinamarquesas, morreu na manhã desta sexta (20/12), idade não presumida (ela detestava falar no assunto), em seu apartamento no Pacaembu, em São Paulo. Ela acordou, brincou com seus cães, voltou a dormir e assim foi, a chamada “morte abençoada”. Há mais de 45 anos, Linda deixou sua terra pelo Brasil, quando conheceu o marido, Armando Conde — da família que controlava o extinto banco BCN e um dos maiores empreendedores da região do Araguaia, que morreu em março deste ano, aos 86 anos.
Linda teve outra grande paixão avassaladora: o carnaval. Foi destaque da Beija-Flor por mais de 30 anos, até que parou em 2014, quando a escola fez uma homenagem a José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
Como era uma mulher de paixões, ela também lançou, em 2004, o livro “A História do Sapato no Século XX” (Alexa Cultural), com imagens de botas, sandálias, sapatos, rasteirinhas e chinelos que produzia em suas viagens pelo mundo. “Sapato pra mim sempre foi um hobby. Um belo dia, resolvi pesquisar sobre eles e fazer o livro, e aí minha paixão aumentou. Tenho material para fazer cinco livros”, disse ela à época.
Ano a ano, os inúmeros amigos cariocas, de todas as gerações, esperavam sua chegada para o carnaval — tanto por ela em si quanto pelas festas que dava, sempre no Copacabana Palace, sua casa carioca.