Essa é uma pergunta frequente no consultório. A decisão de extrair dentes permanentes é, às vezes, motivo de angústia por parte dos pacientes e de seus responsáveis. Entretanto, essa alternativa deveria ser considerada com tranquilidade, pois pode representar uma excelente oportunidade para se atingirem melhores resultados funcionais e estéticos.
Mas em que casos são necessários?
A resposta pode ser resumida basicamente em três razões: porque há falta de espaço para alinhar todos os dentes sobre os ossos maxilares; para melhorar a estética facial; ou para compensar discrepâncias de posição entre os ossos maxilares.
Para estabelecer se há ou não falta de espaço, o ortodontista mede o tamanho dos dentes permanentes do paciente e define o espaço necessário para alinhá-los. Em seguida, mede o espaço presente, ou seja, o comprimento existente sobre os ossos maxilares (a mandíbula é utilizada como referência neste caso). Dessa diferença, o ortodontista concluirá se sobrará ou faltará espaço. Assim, a decisão sobre extração é resultado de um cálculo matemático.
Com relação às possibilidades de aprimoramento estético, o ortodontista faz uma análise minuciosa do terço inferior da face do paciente e decide se este se beneficiaria ou não de extrações e quais dentes tirar.
As mudanças no perfil e na face do paciente, quando extrações são decididas de forma consciente, podem ser extremamente positivas, principalmente na posição dos lábios, como na imagem acima.
Por fim, vale lembrar, que, quando extrações são para fins ortodônticos, geralmente dois ou quatro pré-molares são retirados, e os espaços são fechados, na maioria dos casos, em menos de um ano.