Você está de boa na inauguração de uma exposição carioca e, de repente, chega o cantor americano Pharrell Williams. Para muitos, tanto faz, mas para outros tantos não é bem assim: ele tem muitos fãs no Rio. A cena aconteceu nessa quarta (20/11), na mostra “Patamar”, primeira individual do francês Jean Réné, mais conhecido como JR, no Brasil, na Galeria Nara Roesler, em Ipanema. JR é o mesmo que levou Madonna ao Morro da Providência, em 2017, onde ele criou mantém a Casa Amarela desde 2009, um centro comunitário dedicado à arte e educação. Ele é amigo-irmão de Pharrell, que está no Rio também para se apresentar ao lado de Anitta, no Festival Planeta Ginga, nesta sexta, no mesmo Morro da Providência, justamente em comemoração aos 10 anos da Casa Amarela.
O cantor chegou apenas com um segurança, daqueles gigantes que devem calçar 53; a mulher, Helen Lasichanh, e o filho, Rocket Man Williams, de 10 anos (eles também são pais de trigêmeos, que nasceram em 2017). Foi aquela surpresa relâmpago para os convidados, já que ele foi adepto dos três S: surgiu, sorriu (pouco) e sumiu. Mas antes disso, JR imprimiu uma foto gigante com o rosto do amigo que ficava em frente à galeria.
A exposição trata dos fluxos migratórios no mundo, segundo ele, “ao momento em que as coisas estão mudando e as pessoas estão a caminho de dar um próximo passo”. Também fazem parte os desdobramentos das ações da série “GIANTS [Gigantes]”, feitas por JR durante as Olimpíadas no Rio, em 2016, em que retratou atletas imigrantes e criou esculturas gigantes com andaimes, que davam ênfase ao corpo dos desportistas em movimento, em várias partes da cidade.