Luiz Danielian diz que “mesmo com o País apontando uma economia instável, há alguns anos, o mercado da arte brasileira cresceu muito. Arte sempre será um bom investimento. As obras de relevância no mercado são cada vez mais raras, o número de colecionadores cada vez maior. Sendo assim, a básica lei da oferta e procura torna as obras cada vez mais valorizadas ”. Só podia mesmo pensar assim — ele e o irmão, Ludwig, acabam de inaugurar a Galeria Danielian, numa casa de três andares na Gávea, nessa terça (17/09), na semana da ArtRio, ou seja, arte por bairros, gostos e bolsos; é só reparar nos eventos do site ultimamente.
Para a mostra de inauguração, os irmãos escolheram 50 telas do artista gaúcho Glauco Rodrigues (1929-2004), enquanto imagens das frases impressas em seu trabalho eram reproduzidas na fachada da galeria. A preferência dos meninos, que abriram a primeira galeria aos 17 e 24 anos (Luiz e Ludwig), é por arte brasileira. O primeiro acervo da família começou com Manoel da Costa Ataíde, Pedro Américo, Rodolfo Amoedo, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Almeida Júnior, Pedro Weingärtner, Djanira da Motta Silva, dentre outros.
Querem também trazer à tona nomes que foram muito conhecidos e, de certa forma, ficaram esquecidos. As expectativas estão nas alturas, tanto que eles já preparam uma exposição com mais de 40 trabalhos de Di Cavalcanti para 2020. “Há muitos anos, não temos uma grande exposição dele no Rio. O artista representa muito para a nossa cidade, além de ser um dos mais importantes da nossa história”, finaliza Luiz.