Depois da pré-estreia oficial de “Hebe — A estrela do Brasil”, em São Paulo e Rio, o elenco e a equipe do longa se reuniram para duas sessões especiais, nessa quarta (25/09), na Cinemateca do MAM. O encontro teve um objetivo especialíssimo: apoiar o financiamento coletivo para o Festival do Rio, cuja 21ª edição foi ameaçada de cancelamento por falta de patrocínios. O ingresso custava R$ 120, mas teve gente que abriu a carteira e doou mais um pouco — o total ainda não foi somado já que outros fizeram depósito através do site de crowdfunding.
Foram chegando o casal Marieta Severo e Aderbal Freire Filho, os atores Daniel Dantas, Mariana Lima, Ana Beatriz Nogueira, Betty Gofman, Júlia Lemmertz, Renata Sorrah, Kiko Mascarenhas, além do casal Andréa Beltrão e Maurício Farias, a protagonista do longa e o diretor. “Os produtores paulistas que fizeram a colaboração com o Festival estão muito engajados na nossa luta. Trouxeram essas duas sessões lindas, com aquele clima de quem ama cinema e é apaixonado pelo Festival do Rio. Isso não pode morrer ou acabar. Precisamos continuar levantando recursos”, disse à coluna Vilma Lustosa, uma das diretoras do festival.
Até esta quinta (26/09), foram arrecadados R$ 209 mil, de 944 contribuições, de uma meta de R$ 500 mil até o dia 21 de outubro. “Acreditamos que vamos bater a meta porque tem empresas entrando com parceria e as pessoas que, à medida que conhecem nossa história, ajudam”.
No fim, todos aplaudiram de pé a produção. Eram só elogios à Beltrão, que fez uma Hebe menos conhecida, longe dos holofotes, que desafiava a ditadura e falava tudo o que pensava, mesmo ameaçada pela censura — a frase mais famosa da apresentadora está lá: “A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda. A Hebe é direta”.