“Produzir é a parte fácil; difícil é vender e viver de arte”. A partir dessa ideia, foi que o artista visual Luciano Cian criou a Feira de Artistas Unidos e Aleatórios (FAUNA), com a primeira edição neste sábado (07/09), no Circuito Interno da Bhering, em Santo Cristo. Para isso, ele reuniu oito artistas de diferentes técnicas, estilos e suportes, no esquema boca a boca, todos que têm em comum “a vontade de botar a cara na rua e, claro, ganhar alcance e vender seus trabalhos”.
Estarão lá as colagens de Artur Kjá, as pinturas da italiana Fosca, as fotografias de Bernardo Cople, as aquarelas de Pilar Rodrigues, a arte gráfica ativista do Fuso Coletivo, as pinturas de Felipe Mendes e Jorge Gomes e os desenhos do próprio Cian. Juntos, eles levantaram a grana do aluguel e se organizaram para colocar a ideia de pé. “Não existe mecenas, curador ou galerista — são os próprios artistas que se movimentaram para que o negócio fosse possível. Nossa ideia é ocupar os espaços vazios da cidade que começaram a pipocar — no mal sentido — desde que as últimas bombas caíram. Essa edição é na Bhering, mas a próxima pode ser em qualquer outro lugar, assim como a lista de artistas, que deve variar, abrindo espaço para quem quer mostrar seu trabalho”, explica Cian, que tem um perfil criativo-reflexivo, a quem nenhum tipo de arte é indiferente.