Nesse domingo, a empresária Luana Génot, diretora do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), usou as redes sociais para denunciar um provável ato de racismo sofrido no Bar Bukowski, em Botafogo. Segundo Luana, um funcionário da casa a abordou quando ela tomava conta da filha, Alice, ao lado de uma piscina de bolinhas coloridas. “Ele me perguntou se eu achava que mais pessoas deveriam vir me ajudar a tomar conta das crianças. Uma mulher negra sentada no chão, independente de quanto tenha no bolso, neste País, é uma babá. Não se enganem. Esse é o nosso racismo institucional manifesto. Falei com o funcionário que, sentado junto comigo, estava Louis, meu marido, um homem branco que jamais seria confundido com uma babá ou seria visto como tomador de conta de crianças”, escreveu ela, explicando que, em nenhum momento, foi questionada sobre ser uma das mães: “Fui enquadrada diretamente como a empregada. O que acredito que pode ajudar seriam treinamentos incessantes sobre racismo e sobre a importância da diversidade e inclusão como um todo”.
O pedido foi acatado e, nesta segunda (03/06), Bukowski enviou um comunicado dizendo que o bar existe desde 1997 e, por ali, passam pessoas de todos os tipos. “Trabalhamos para que as diferenças sejam respeitadas porque acreditamos que o rock existe para unir pessoas. Diante dos fatos, nossos funcionários passarão por um treinamento para fortalecer em nossos colaboradores nossos princípios de igualdade”.