Neste sábado (25/05), três sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima, no Japão (lançada em 1945 e matando mais de 140 mil pessoas), vão estar na palestra “Sobreviventes pela paz”, na Bunkyo, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, no Centro, a partir das 14h30. O evento é gratuito e tem apenas 80 lugares. Takashi Morita, Kunihiko Bonkohara e Rogério Nagai — este último, autor do projeto, além de ator e diretor do espetáculo “Os Três Sobreviventes de Hiroshima” (que também conta com o japonês Junko Watanabe, que não vai estar na palestra), lançado em 2017 em São Paulo — vão relembrar não só o exato momento do bombardeio, como também os dias posteriores à explosão e a imigração para um país totalmente desconhecido para eles, o Brasil. “O assunto desperta interesse em qualquer pessoa. Com a peça, o público tem reagido de diversas formas, porque não tem só tragédia, mas momentos de superação”, diz Nagai sobre a palestra.
“Como sobrevivi ao dia em que o inferno se fez presente na Terra? Como consegui seguir em frente, depois de vivenciar tamanho pesadelo? Não sei. Até hoje não tenho a resposta. No entanto, apesar de todas as chances estarem contra mim, de alguma forma eu consegui. Com todas as cicatrizes, sobrevivi”, diz a japonesa Takashi, de 93 anos, autora do livro “A última mensagem de Hiroshima”. Pode ser uma ótima oportunidade para o deputado federal Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, que afirmou recentemente que as armas nucleares “garantem a paz” e que “possuir armas nucleares aumenta o prestígio político de um país”.