Agora, ao prazer! — da comemoração, para o diretor cearense Karim Aïnouz, premiado em Cannes, nesta sexta com “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, que ganhou a mostra “Um Certo Olhar”, principal premiação depois da Palma de Ouro no festival. A vitória do filme, adaptação do livro de Martha Batalha, estrelado por Fernanda Montenegro, Carol Duarte e Júlia Stockler, foi anunciada por Nadine Labaki, diretora de “Cafarnaum” e presidente do júri; no dia da exibição para o público, no início da semana, foi aplaudido por 15 minutos. “Agora estamos passando por um momento muito, muito difícil de intolerância, com ataques gigantescos à cultura e à educação”, disse Karim, dedicando o prêmio a Fernanda Montenegro.
O crítico de cinema mineiro Pablo Villaça estava na premiação e, emocionado, fez seu relato: “O cinema brasileiro é riquíssimo, multifacetado, criativo e socialmente consciente, no entanto, esse mesmo cinema soberbo é constantemente atacado por gente que não conhece nada do que produzimos, que, no máximo, vão ver ‘Até que a Sorte nos Separe 7’. Amam repetir clichês, vomitar ignorância e preconceito sobre uma das coisas mais lindas que fazemos. Já vi muito filme brasileiro sendo ovacionado em todos os festivais internacionais, e os cineastas são atacados; mesmo assim, seguem criando arte”.
“A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, novo longa de Karim Aïnouz, coproduzido pelo #CanalBrasil, é o primeiro filme brasileiro a vencer a conceituada mostra Un Certain Regard no @Festival_Cannes!😍🏆 pic.twitter.com/HLxKJ2CsPt
— Canal Brasil (@canalbrasil) 24 de maio de 2019