Pela primeira vez em muitos anos, Zeca Pagodinho trocou o lugar da tradicional feijoada que fazia todos os anos, dia 23 de abril, em Xerém, para o Bar do Zeca Pagodinho, na Barra. Em comum, a multidão que costuma frequentar a data para assistir ao show da noite, do sambista carioca Júlio Estrela, mesmo com o ingresso a R$ 250. Aliás, distraídos achavam que era o próprio Zeca cantando em muitos momentos.
Enquanto curtia o som, Zeca ficou na dele, num canto, sem muita intervenção dos fãs. Lá pelo meio do show, ele acendeu uma vela de sete dias vermelha — que significa energia, vigor e ação — e atravessou o salão lotado, com um engraçadinho gritando: “Salve, Zeca!”.
O sambista cantou umas cinco músicas e até levantou a blusa para mostrar a devoção tatuada, em traços já gastos pelo tempo. Vale a observação: enquanto estava sentadinho, a companhia etílica era uma taça de vinho, mas, quando subiu ao palco, trocou por cerveja e, quando desceu, reassumiu a taça. É promessa ou o frio chegando?