Com a pergunta “por que o nosso País não pode ter um museu de História Natural de verdade e por que tudo tem que ser tão difícil?”, Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional carioca, terminou o discurso de meia hora na audiência desta terça-feira (30/10), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Com o tema “Os problemas enfrentados pelo Museu Nacional e perspectivas para o futuro”, Kellner foi em busca de R$ 56 milhões para a instituição, numa reunião que ainda teve Isaac Roitman, representante da Academia Brasileira de Ciência (ABC); Roberto Leher, reitor da UFRJ; entre deputados e ministros. Ele também comentou que ainda existe outro ponto de vista, citando a polarização política e culpando uma sociedade que não valoriza museus: “Ciência não tem partido. Ela é o futuro de um país e o museu faz parte disso”.
Entre as novidades de uma primeira fase de obras, a construção de um prédio simples e moderno, segundo Alexander, no terreno que fica próximo ao Horto Botânico (na UFRJ) e que pertence ao museu. “É ali que vamos instalar laboratórios e colocar parte do acervo que restou do incêndio”. Ele também pretende receber os estudantes que faziam excursão escolar – eram 25 mil de 600 escolas brasileiras. “Nesse novo prédio também vamos receber temporariamente essas turmas. Milhares de crianças já nos enviaram cartinhas pedindo o museu de volta”. Como parte da primeira fase das construções – ainda estão em fase de escoramento -, a reconstrução das salas que pertenciam ao Império, já com dinheiro certo; mas as segunda (reconstrução da área nobre atrás da fachada), terceira e quarta fases ainda não foram orçadas.