E teve Ney Matogrosso nesse domingo (16/09), dia do encerramento da “Queermuseu” no Parque Lage, o de melhor, incluindo a exposição em si, que levou mais de 40 mil pessoas às cavalariças, em 30 dias. A direção estendeu a visitação até as 22h, já que as filas atravessavam as áreas do Parque e chegavam a mais de duas horas de espera. Chamava a atenção o ecletismo do público: tinha de tudo – e, no fim, muitos pularam na piscina e ficaram nus. O show foi surpresa de Ney, que visitou a mostra semana passada e aceitou o convite do diretor da Escola de Artes Visuais, Fabio Szwarcwald. E já entrou cantando “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque, acompanhado pelo violonista Zé Paulo Becker. O repertório foi de Cartola e Noel Rosa a Kid Abelha. Já na primeira música, alguns se jogaram à piscina, gritando: “Gostoso”. Ney se disse muito impressionado com todo o movimento contra a censura. Ao ser perguntado sobre a ostensiva polêmica causada pela Queermuseu (onde tudo é tão comunzinho), ganhando tanta repercussão exatamente por ter sido censurada, se é que vocês me entendem, respondeu não ver razão alguma e disse ter saído das salas de exposição com uma única incógnita: “Onde está a blasfêmia?”
Visualizar esta foto no Instagram.