A escola de samba Imperatriz Leopoldinense levou, este ano, para o Sambódromo, o enredo “Uma noite real no Museu Nacional”, sobre os 200 anos do Museu Nacional, que pegou fogo nesse domingo (02/09). Tanto o museu como as escolas de samba cariocas vêm sofrendo com a indiferença do poder público brasileiro. Dois ensaios da agremiação, que ficou em 8º lugar do Grupo Especial, foram feitos na Quinta da Boa Vista, em frente ao prédio, hoje em ruínas. Na letra do samba de Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Julinho Maestro, Marcio Pessi e Piu das Casinhas, trecho como “bailam meteoros e planetas, dinossauros, borboletas, brilham os cristais; a obra-prima viu o meu Brasil nascer”. O carnavalesco Cahê Rodrigues (hoje, na Acadêmicos de Santa Cruz) ficou por seis anos na Imperatriz e usou as redes sociais para lamentar. “Meu Deus! Que horror! Uma grande parte da História deste País destruída pelo fogo. Convivi meses ao lado de pessoas apaixonadas por esse museu, pessoas que cuidavam dessa instituição como se fosse sua própria casa. Pedíamos, em nosso desfile, que olhassem com mais carinho para o Museu”, escreveu Cahê, assim como Júnior Escafura, diretor de harmonia da escola, e Rafaela Theodoro, porta-bandeira.