Enquanto inúmeras casas de espetáculo são fechadas, dando lugar a igrejas ou supermercados, o Teatro Rival, no Centro, comemora 84 anos com fôlego de 20. Nessa segunda-feira (13/08), aconteceu o lançamento do livro “Teatro Rival – Resistência e Sensibilidade”, escrito pelo ensaísta, contista, compositor, letrista e professor Fred Góes, na Travessa de Ipanema. A história do espaço se confunde com um sobrenome: Leal. Em 22 de março de 1934, a comédia “Amor” — de Oduvaldo Viana, montada pela companhia de Dulcina Moraes — inaugurou o espaço, criado por Américo Leal, que fez de lá um foco de resistência, passando a Ângela, filha de Américo, na década de 90, e depois à Leandra, filha de Ângela, em 2016.
“O Rival foi sempre uma casa de espetáculos que abrigou produções populares e resistiu a diversos contratempos com soluções criativas. Ele tem a marca da sensibilidade, talvez por ter aberto suas cortinas com uma peça intitulada ‘Amor’. Ângela nunca viu o Rival como mero negócio”, diz Fred. “ É muita felicidade ver a história do palco da minha família sendo contada. Diferente de qualquer outro negócio, ter herdado um teatro é ter assinado um compromisso com a cultura e a arte do nosso país”, pontuou Leandra, que continua a fazer uma programação variadíssima, com teatro de revista, show de travestis, instrumentais, música contemporânea, roda de samba e cantores e grupos conhecidos.