Isto é currículo: 43 é o número de espetáculos assinados pela dupla Claudio Botelho e Charles Möeller, que são diretores, produtores, a porra toda… Nessa segunda-feira (06/08), uma apresentação de “Pippin” para convidados no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. Escrito por Stephen Schwartz, o musical estreou em 1972 na Broadway, marcou uma geração e colecionou prêmios, entre eles, cinco Tony. No Brasil, ganhou a primeira montagem em 1974, com Marco Nanini e Marília Pêra. No palco, a saga existencial de um príncipe (Felipe de Carolis) que sai pelo mundo à procura de um sentido para sua vida. “Ele busca uma determinada coisa, aquilo parece não completá-lo, parece não realizá-lo – que é o que a gente vive o tempo todo nos dias de hoje”, diz Felipe.
Um dos pontos altos da noite foi a plateia aplaudindo, de pé, Nicette Bruno – aos 85 anos e 70 de carreira, ela interpreta a desbocada vovó Bertha. A família Goulart foi em peso. “Este espetáculo está exatamente como gosto: com uma paixão pelo teatro e por estar realizando coisas que envolvam o talento de jovens. Conheço a maioria deles – são todos talentosíssimos. Temos um ambiente interno maravilhoso, e isso é fundamental porque passa para o público”, diz Nicette. Para “dar liga” à história com 19 personagens, Totia Meirelles, que faz a mestra de cerimônias, responsável por apresentar a trajetória do príncipe; ela está quase o tempo todo em cena. “Cansativo, nunca é. Quer dizer… sempre é (risos), mas nunca é um cansaço ruim, é sempre produtivo”, declara Totia.