Uma Elza vale por sete? Eram sete “Elzas Soares” no palco – Larissa Luz, Janamô, Júlia Dias, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonfim – na estreia do musical sobre a vida da cantora, nessa segunda-feira (23/07), no Teatro Riachuelo. De repente, todo mundo virou coadjuvante, mas a principal estava na plateia: a própria homenageada, de 88 anos, que fez questão de entrar andando no teatro; como se sabe, ela tem problemas na coluna e está sempre sentada. Sob aplausos, a artista ficou ao lado da família, além dos fãs que chegavam o tempo todo para uma selfie.
No decorrer do espetáculo, Elza se emocionou diversas vezes em trechos sobre sua vida retratada pelo texto de Vinicius Calderoni, direção de Duda Maia e direção musical de Pedro Luís – com novos arranjos de Letieres Leite para os clássicos do seu repertório -, sempre com ênfase no ato político de Elza e saudando a mulher negra. Está lá uma série de tragédias pessoais – a morte dos filhos e de Garrincha, a violência doméstica e a intolerância –, tudo contado com alegria, um pedido da própria cantora. “A Elza me disse: ‘Sou muito alegre, viva, debochada. Não vai me fazer um musical triste: tem que ter alegria’”, diz Vinicius.