Marielle Franco e a repercussão sobre sua morte foi capa do jornal americano “The Washington Post” desta terça-feira (20/03), um dos mais importantes daquele país. Segundo a matéria, Marielle tornou-se um símbolo global de luta contra a opressão racial, e cita manifestações em Nova York, Londres, Paris, Munique, Estocolmo e Lisboa, além de uma homenagem no Parlamento Europeu, como publicamos aqui. “Se a intenção era silenciar uma política negra em ascensão, que havia desafiado policiais corruptos, o aparente assassinato teve efeito contrário. Dias depois da morte, o maior país da América Latina viu uma figura antes pouco conhecida fora do Rio se transformar em um símbolo global de opressão racial”, escreveu o diário, dizendo ainda que a vereadora era uma raridade na política brasileira por ser “mulher negra poderosa”.
“Depois de um amigo próximo ser morto por uma bala perdida durante um tiroteio entre polícia e traficantes em 2006, ela forçou sua entrada no cenário político do Rio, dominado por homens brancos. Ela era a única mulher negra na Câmara do Rio, em um país onde não há ministros negros”, disse o jornal. Para esta terça-feira (20/03), está prevista uma homenagem à Marielle em Madri, na Espanha.