A Associação de Moradores de Copacabana (AMACOPA) vai entrar com uma representação no Ministério Público Federal, ainda esta semana, para impedir o desfile do Bloco da Favorita, que foi autorizado pela Riotur a sair no dia 10 de fevereiro na orla da praia de Copacabana. No ano passado, o bloco da produtora de eventos Carol Sampaio – que este ano terá como musa Bruna Marquezine – levou 500 mil pessoas às ruas. “Não é um bloco tradicional do bairro e ultrapassa o limite de pessoas, fazendo dele um mega bloco, aqueles que deveriam ir para o Centro da cidade, como o da Preta Gil. Ano passado foi um tsunami de pessoas alcoolizadas, todos urinando pelas ruas, assaltantes furtando celulares, destruição generalizada, além de deixar as pessoas ilhadas em seus apartamentos”, diz Tony Teixeira, presidente da AMACOPA. “Em conversa com o pessoal da Riotur em 2017, eles disseram que blocos desse tamanho não sairiam de jeito nenhum pelas ruas da Zona Sul. É uma questão de civilidade”, completa Tony.
De acordo com a Riotur, o bloco conseguiu autorização porque vai se responsabilizar pela limpeza, segurança e controle do trânsito. “Depois de todas as dificuldades que tivemos com a Prefeitura, agora estou ansiosa, sonhando em ver a praia cheia e todos se divertindo muito. Cada ano se torna mais especial e dá mais frio na barriga. Ter um bloco na praia de Copa é um sonho”, diz Carol, que não tinha noção da reclamação dos moradores até a coluna a informar. “Não sabia disso. Você que trouxe essa questão, porque as varandas dos prédios e hotéis ficam lotadas de pessoas se divertindo. Vejo crianças fantasiadas, funcionários de hotel arrumando os quartos dançando”.