Na madrugada dessa quarta-feira (03/01), um grupo de cinco amigos voltava de Lumiar, região serrana do Rio, quando uma caminhonete Hilux ultrapassou o carro e freou bruscamente, obrigando o motorista a parar próximo ao canteiro do acostamento, na altura de Itaboraí, na BR-101. Quatro homens desceram, armados – um deles segurava uma minimetralhadora –, e os renderam. “O motorista ficou no carro e outros três desceram armados, mas, como estava tudo muito escuro, não deu para identificar, mas um deles estava de boné e camisa no rosto, e o outro parecia um menor de idade, pela pouca altura”, diz a psicóloga Rafaela Barbi, uma das vítimas. “Eles não foram violentos ou fizeram pressão psicológica e pareciam estar alterados de alguma maneira, com o olhar meio perdido. Não falavam nada, só pra sair do carro e deixar tudo lá dentro”, conta a estilista Andressa Demétrio, outra passageira.
Os três entraram no carro e saíram acelerando ao máximo, com as portas ainda abertas. Os cinco ficaram na estrada até o motorista de um ônibus parar e levá-los à 71ª Delegacia de Polícia de Itaboraí. “Só tinha um delegado, uma viatura e ainda um rapaz esquisito que dizia estar fugindo de uma tentativa de assassinato. A delegacia estava pior do que o nosso assalto. E também encontramos uma família que havia sido assaltada, minutos antes, por quatro homens”, disse Rafaela, que conseguiu esconder o celular na calça jeans antes da ação, única coisa que salvou. Eles conseguiram pegar um Uber às 4h30 da manhã e ainda ouviram do motorista que os caras da caminhonete são conhecidos do conjunto de favelas da Reta Velha. O documento de Léo Teixeira, que guiava o carro dos amigos, foi encontrado em São Gonçalo e postado no Facebook de um jornal local.