Normalmente, sabemos de tudo intelectualmente, mas a ação é inteiramente oposta e irracional. Se encararmos uma relação com a verdadeira fragilidade oculta atrás dos discursos, saberemos alimentá-la constantemente, através de nossos atos e com o cuidado necessário em nossas palavras, normalmente desferidas como punhais mutiladores.
Não nos damos conta de que a palavra é uma arma de enorme poder. Pode construir e destruir com a mesma facilidade; dá a vida e a morte… Quase sempre, a relação está desfeita muito antes de percebermos. A surpresa da constatação – quando já é tarde demais – produz um enorme choque, trazendo cobranças, amarguras e ressentimentos que produzem doenças e, muitas vezes, até a morte.
O pior é que projetamos nossas frustrações numa nova relação (abortada prematuramente, sem percebermos), na ilusão de que “Essa vez, sim, é diferente!”. O que poderia evitar esse desfecho seria a “nossa” mudança de comportamento ao invés de exigirmos a do “outro”.
É comum ouvirmos:
– Estou desiludida(o), os homens (as mulheres) não prestam!
– São todos (as) iguais!
– O amor faz sofrer!
– Tenho medo de me entregar!
– Não confio…
E tantas outras afirmações enganosas.
Uma pseudodefesa inútil, como se fosse possível viver e ser feliz sem amar…!