Já conhecia alguma coisa sobre endorfina, mas foi em 1991, no Caminho de Santiago, que integrei esse conhecimento à minha vida; a partir daí, pude usá-lo para o meu crescimento. Nosso sistema nervoso funciona através de mensagens elétricas que nos chegam do exterior. Essas mensagens transformam-se no organismo numa gota de substância química chamada neurotransmissor.
Existem várias qualidades de neurotransmissores, os responsáveis por nossas emoções, tais como: alegria, raiva, depressão, etc. Essas gotinhas, as grandes “fofoqueiras” orgânicas, repetem instantaneamente através de todo o organismo a mensagem elétrica recebida, produzindo uma emoção correspondente.
Se tocar a campainha em minha casa e vier um mensageiro trazendo flores, todo o meu organismo reage com alegria (tenho gravada em meus neurônios a informação de que receber flores é sinal de que sou querida). A gotinha fofoqueira sai berrando a mensagem: “Sou amada… Sou amada… Sou amada…” Imediatamente reajo com alegria e prazer, antes mesmo de saber quem mandou e o que diz o cartão.
Se, distraidamente, aproximo a mão do fogo, retiro-a instintivamente ao sentir o calor, bem antes de raciocinar, obedecendo à outra informação arquivada nos neurônios, porque o organismo já recebeu a mensagem de perigo através das gotinhas fofoqueiras, desta vez, de uma chamada Adrenalina: “Perigo… Perigo… Perigo…”
Isso mostra que nossas emoções (não confundir com sentimentos) são química pura, e é por isso que os médicos nos tratam com químicas. Ora, além de podermos estimular naturalmente a química que nos falta, podemos também modificar o teor da mensagem elétrica recebida e produzir uma emoção correspondente.