Acontece em Paris, de 10 a 13 de no novembro, a 20ª edição do Salão Internacional de Fotografias, “Paris–Photo 2016“. Serão apresentados trabalhos fotográficos de 180 galerias internacionais, assim como imagens importantes da coleção de fotos do Centre George Pompidou de grandes fotógrafos, como Avedon, Brasai, Magritte, Gursky, Marc Roboud entre outros, e algumas obras vindas de museus parisienses, como o Carnavalet, a Maison de Victor Hugo, Bourdelle, Cognacq–Jay, Vie Romantique e do Petit Palais. Estando em Paris, não deixe de visitar o Salão. Vale muito a pena.
Paris Photo
Grand Palais
10 a 13 de novembro
3, Avenue du Général Eisenhower, 75008 Paris
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A curiosidade urbana fala hoje de um dos parques mais românticos de Paris, e um dos mais visitados: Le Parque Monceau
Está situado na antiga propriedade do Duque de Chartres, que contratou Louis Corrogis, mais conhecido com o nome de Carmontelle, para a concepção de um jardim de inspiração anglo-chinesa entre os anos 1773 e 1779. Carmotelle concebeu o parque como se fosse um cenário de uma peça de teatro ao ar livre; por essa razão, podiam ser vistos, em seu interior, um pagode chinês, um templo dedicado a Ares, um lago com uma ponte levadiça, uma microfazenda com seu vinhedo e criação de ovelhas etc. À época, um passeio no parque era como estar em um misto de Festa Galante e o Olimpo.
No entanto, as especulações imobiliárias diminuíram muito a sua superfície e, em 13 de agosto de 1861, Napoleão III inaugurou o novo jardim, agora de estilo inglês, porém sua beleza continuou inalterada; e em lugar das “folias” de Carmontelle, hoje se pode admirar o trabalho de paisagismo de Jean–Charles Alphand, que soube integrar árvores, flores, uma pirâmide egípcia e um lago de forma oval circundado por um conjunto de colunas de ordem coríntia. Uma das curiosidades é a porta do antigo Hôtel de Ville, recuperada após o incêndio do hotel, 1871.
As grades que o cercam, de grande beleza, foram obra de Gabriel Davioud, e a rotunda da entrada foi realizada por Claude–Nicolas Ledoux. Passeando por suas alamedas, podem-se admirar estátuas de músicos e escritores, como Chopin, Charles Gounod, Alfred de Musset e Guy de Maupassant. Para os amantes da natureza, pode-se ver o trio de árvores composto de um Hêtre púrpura suntuoso, do velho Plátano do Oriente, plantado em 1814, e de um imenso álamo de 35 metros de altura, plantado em 1853. Enfim, um parque dos sonhos, com belezas e história ao vivo e em cores, como quase tudo em Paris.
Texto : Zelia Perol
O parque pintado por Gustave Caillebotte em 1877 e por Claude Monet em 1876.
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Um dos cafés preferidos dos brasileiros que frequentam Paris, mais precisamente no bairro de Saint Germain des Prés, festeja 129 anos. O Café de Flore, ponto de encontro de artistas, intelectuais, escritores… ganha homenagem com uma exposição na Galerie Anne & Just Jaeckin de fotos inéditas de seus famosos clientes. A mostra relata a história dessa verdadeira instituição parisiense, através de imagens em preto e branco, de personalidades de várias épocas: Picasso, Guillaume Apollinaire, André Breton, Simone de Beauvoir, Georges Bataille, Robert Doisneau, Serge Gainsbourg, Sonia Rykiel, Jean Paul Sartre entre outros. Uma verdadeira viagem ao tempo.
Café de Flore
Até 02/12/16
Galerie Anne & Just Jaeckin
19, Rue Guénégaud, 75006 Paris
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O Musée des Arts Décoratifs, em Paris, apresenta uma retrospectiva inédita do grande arquiteto francês Jean Nouvel, “Mes Meubles d’architecte“. Uma exposição dedicada ao trabalho de designer de móveis e objetos de decoração, que o arquiteto exerce há mais de 30 anos. Ele explica que não é um designer, mais sim um arquiteto que cria peças de design. Suas criações funcionais e atemporais são pensadas e realizadas para estarem em perfeita harmonia com os espaços de seus grandes projetos arquitetônicos.
O cenário criado para exposição é um verdadeiro diálogo entre as peças e o ambiente, onde podemos notar a simplicidade e o rigor nas formas dos objetos, o mesmo usado na construção de obras assinadas por ele, como L’Institut du Monde Arabe, a Fondation Cartier, o Musée du quai Branly, em Paris, o Palais de Justice de Nantes, L’Opéra de Lyon, a Philharmonie du Parc de la Villette. Ganhou vários prêmios por suas obras: Prix Pritzker, Prix Aga Khan d’Architecture, Médaille d’Or Royale pour L’Architecture e o Prix Wolf en Art.
Musée de Arts Décoratifs
Até 12/02/2017
107, Rue du Rivoli – 75001 – Paris
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