O momento certo para entrarmos com o nosso “querer”, ou “livre-arbítrio”, no sentido de dominar o impulso habitual, é depois de termos atuado várias vezes com o “observador”, presenciando consciente o impulso automático infantil que desejamos remover.
Esse é o momento de desenvolver o “músculo emocional”, se esforçando em parar antes da ação.
O passo seguinte é a compreensão: usar o holograma e tentar aproximar-se da visão do outro. A descoberta de que ele está reagindo a partir de uma premissa completamente diferente da nossa traz a compreensão, muda a percepção e dilui a energia acumulada pela aparente repressão da emoção.
A diferença entre nós e o criminoso é que ele não desenvolveu o músculo emocional.
A criação é resultado de esforço. Tudo no universo, dos pequenos aos grandes movimentos, é pulsão, um esforço contínuo: fazemos esforço na respiração, na fala, no caminhar, trabalhar, amar, viver…
No entanto, é preciso não confundir “esforço” com “luta”: um é natural; o outro, cultural.
Deus trabalhou seis dias e descansou no sétimo.
É essa a proporção entre o esforço e a inércia.