Estamos, seguramente, vivendo um momento apocalíptico. Todos os sinais apontam em direção às grandes mudanças.
Em minhas palestras, costumo dizer que começamos na “Era do Fazer” buscando a sobrevivência como espécie. Em seguida, passamos para a “Era do Ter“, muito rapidamente: conquistamos nossas posses e tudo o que o mundo material pode oferecer de facilidades e conforto. Nelas, depositamos nossa felicidade. Logo nos damos conta de que não é o suficiente e que, longe de alcançarmos o paraíso que buscamos, criamos um mundo violento onde a competição esmaga os mais sensíveis e talentosos, dando lugar aos mais calculistas e agressivos.
A violência tornou-se a tônica de nossas vidas. O medo também.
Aos poucos, um movimento está tomando corpo, e entramos sem perceber na “Era do Ser“. Por caminhos diferentes, voltamo-nos para o nosso interior, tentando encontrar dentro a paz e a segurança que não conquistamos fora.
E o que estamos encontrando? O fim de nossas certezas infantis.
Algo muito maior e desconhecido se delineia à nossa frente.
O medo tomou conta de nossos corpos, de nossas almas e corações.