A paulistana Miá Mello – na certidão, Marília Penariol Melo – se formou em publicidade, mas foi no mundo do humor que ela descobriu seu talento, com o grupo Desznecessários, na companhia de Eduardo Sterblitch e Paulinho Serra. Na TV, começou no Legendários e foi para o Casseta e Planeta, na Globo, em 2012. Atualmente, pode ser vista todas as noites às 22h30 no Multishow, no programa “Acredita na Peruca”, de Luís Fernando Guimarães.
Ela também acaba de dublar o personagem Alegria, protagonista da animação da Pixar “Divertida Mente” e está no teatro do Shopping Frei Caneca, de sexta a domingo, na peça “Meu Passado me Condena”, com Fábio Porchat. A dupla, aliás, se prepara para o lançamento de “Meu Passado me Condena 2”, que vai para os cinemas de todo o país dia 2 de julho. O filme original, dirigido também por Julia Rezende, vendeu mais de 3,2 milhões de ingressos em 2013. Na sequência do filme de sucesso, rodado em Portugal, o casal tenta superar a primeira crise conjugal, depois de três anos de convivência. Miá faz parte da geração de comediantes brasileiras que provam que, para fazer rir, não é preciso deixar a beleza e a suavidade de lado.
UMA LOUCURA: “Acho que meu simples dia a dia já é uma loucura! Estou rodando um longa em Brasília ( “Depois de Você”), então, voltei quinta à noite para o Rio, reorganizei minha mala, sexta cedo vim para São Paulo onde faço peça até domingo (“Meu Passado Me Condena”), segunda volto direto para Brasília, onde começo a rodar as cenas noturnas (das 20h às 8h). Na quarta saio direto do set, volto para o Rio pra reorganizar minha mala (e vida pessoal) e, à noite, embarco na última ponte para São Paulo, porque quinta-feira cedo eu começo a maratona da pré-estreia do “Divertida Mente”, desenho da Pixar que eu dublei. Tem mais, mas vou parar por aqui porque provavelmente minha mãe vai ler essa entrevista e vai ficar preocupada comigo. (Obs: Sim, mãe, estou tomando vitamina C!)”
UMA ROUBADA: “Uma vez fui acampar com umas amigas em Ilha Grande e um amigo emprestou todos os apetrechos necessários. Quando chegamos lá estava caindo um temporal e ao abrir a barraca vimos que ela estava toda suja de lama e sem a cobertura que justamente protegia da água. No final das contas, tivemos que dormir, as três, numa cama de casal da dona do camping. Porém, acabou sendo uma experiência e tanto porque era uma família muito legal. Até choramos na hora da despedida”.
UMA IDEIA FIXA: “Juntar a família toda numa viagem de férias”.
UM PORRE: “Sempre lembro mais das ressacas! (risos) #eununcamaisvoubeber”.
UMA FRUSTRAÇÃO: “Morar longe das minhas irmãs e sobrinhos. Minhas duas irmãs mudaram-se para o Nordeste e a gente deve se ver umas duas, três vezes ao ano. Muito pouco comparado ao nosso amor. Meu sonho era poder comer uma pizza em família num domingo qualquer”.
UM APAGÃO: “Nossa, tenho vários. Acho a minha memória tão ruim. Queria ter um hd externo para guardar tudo. Meu sonho era ser aquele tipo de pessoa que guarda o nome e rosto de todo mundo”.
UMA SÍNDROME: “Tecnológica. Não vivo sem meu celular, computador e iPad”.
UM MEDO: “De escuro. Não sempre. Mas amo ver filmes de suspense e terror e quando assisto e estou sozinha em casa fico morrendo de medo”.
UM DEFEITO: “Perco as coisas. Muito. Mas acho também. Dia desses fui embora do aeroporto e esqueci minha mala na esteira. A sorte foi que lembrei ainda no aeroporto. Fiquei morrendo de vergonha de falar com o segurança da porta do desembarque. Falei bem baixo para as pessoas não escutarem, aí o cara não ouvia. Depois que ele finalmente entendeu, falou bem alto no rádio: a passageira esqueceu que estava com a bagagem. Fiquei morrendo de vergonha”.
UM DESPRAZER: “Ter que resolver qualquer assunto burocrático. Acho que nessas andanças de aeroporto perdi meu RG. Fico triste só de pensar que vou ter que fazer um BO, ir no Poupatempo, tentar o milagre de sair bem numa foto 3×4. Mas ainda tô com esperança de achar”.
UM INSUCESSO: “Nunca consegui tocar nenhum instrumento musical. Tentei apreender violão, vendo aulas no YouTube mesmo, mas achei muito difícil”.
UM IMPULSO: “Comprar livros. Às vezes estou com três ainda não lidos ao lado da minha cabeceira, mas não aguento. Eu entro na livraria e penso ‘só posso comprar tal livro se eu conseguir achar sozinha no meio das prateleiras, sem ajuda dos vendedores (risos)’. Uma verdadeira loucura!”
UMA PARANOIA: “Check list. Sou absolutamente paranóica pelas minhas. Se estou com muita coisa na cabeça, começo a ficar apavorada e se não sento e faço essa lista não consigo me acalmar. Em dias de muitas tarefas, chego a acordar no meio da noite para anotar algo que eu lembrei. Hoje em dia faço muito no note do smartphone, perdeu parte daquele prazer de riscar o que já foi feito, sabe?!”