O nome Pamela Cancela, como produtora, vem crescendo quando o assunto é festa. Festa paga, que fique claro. Organizar noitada boca-livre no Rio não oferece maiores dificuldades pra ninguém: carioca ama uma BL, mas pagando ingresso, o cenário já muda. Pamela consegue juntar seu nome ao de marcas como Veuve Clicquot, Moet & Chandon, Belvedere e não sobra um ingresso: vende tudo. Os eventos podem ser desde no gramado do Maracanã até a varanda do Copacabana Palace.
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Como você explica o gosto do carioca pela boca-livre? É um vício, falta de condição financeira, avareza ou um traço cultural – a eterna vontade de querer se dar bem em tudo?
“Boa parte da sociedade carioca está acostumada a frequentar as festas de boca-livre, o que acabou se tornando um vício. Também tem o famoso “vip”, aquele que não quer pagar para entrar em nenhuma festa ou boate. Esse mesmo cliente viaja, frequenta lugares e festas badaladas no mundo inteiro e paga por elas”.
Como convencer o convidado a pagar sua entrada numa festa? Que tipo de atração uma festa do tipo deve ter, com tantas bocas livres pela cidade?
“Houve uma mudança de comportamento nos últimos anos. Hoje em dia o cliente está à procura de festas com conteúdo, que ofereçam uma experiência diferenciada em locais agradáveis com conforto, segurança, qualidade de serviço, boa música, associando isso tudo a marcas bacanas. As boates perderam espaço para essas festas. Festas ao ar livre e “beach clubs” estão cada vez mais em alta”.
Existe um perfil do carioca festeiro e gastador? Que tipo de música e gastronomia são os seus preferidos?
“O carioca é um povo festeiro por natureza. Os gastadores existem, sim, porém estão cada vez mais exigentes e escassos, visto que o país não se encontra em um bom momento econômico. Gostam de culinária contemporânea e o gosto musical é bem variado”.