A moda vive um momento de extremos. O fast fashion, desde os anos 90, virou o padrão de consumo. Hora de pensar no consumo consciente, principalmente na crise que estamos vivendo. Nos últimos tempos, temos vivenciado muito “movimento”, que nada mais é que produção em grande escala com peças de baixa qualidade, vindas principalmente de países asiáticos. Mas trazem as tendências das passarelas, em tempo recorde, com preços competitivos.
Sonho de consumo de muitas!
Vários estilistas renomados assinam coleções cápsulas para grandes redes de fast fashion como TopShop, C&A, Riachuelo (como a coleção da Versace, nas fotos acima)etc, dando credibilidade às marcas e aumentando as vendas.
É importante lembrarmos que são roupas com qualidade baixa, pouquíssima durabilidade e fabricadas com mão de obra ilegal na maioria das vezes. Para entrar na concorrência com tempo recorde e preços competitivos não existe muita mágica.
Em contrapartida temos o slow fashion (foto acima), que defende a criação de peças atemporais, feitas à mão, com tecidos naturais e duráveis, com produção em baixa escala, produzindo moda de forma consciente e respeitando os aspectos sociais e econômicos – mais identidade e personalização alinhados á sustentabilidade e a reutilização. Essa personalização entra também nas linhas desenvolvidas “made for order” (como nas fotos abaixo), quando o cliente monta a sua peça, escolhendo cor e material, por exemplo. O produto é entregue com as iniciais do cliente. Não só em grandes marcas, mas em ateliers, costureiras… o que diferencia é a forma como a roupa/peça é produzida.
O slow fashion, no entanto, não é alta costura. Alta costura é uma roupa totalmente exclusiva e cara, diferente de moda lenta que não é exclusiva, mas acessível a todos.
Claro que os produtos do slow fashion são mais caros do que os do fast fashion, já que são feitos com materiais com melhor qualidade e com mais durabilidade.
Hora de parar para pensar nesse consumo movido pela emoção..
O que realmente precisamos e no que realmente acreditamos!?
Peças de roupas são feitas para durar, não vejo como descartáveis.
A moda é feita de pessoas para pessoas.
Gosto muito de uma frase que diz:
Muita roupa e nada para usar !
Quanto mais roupas temos, mais perdida ficamos para fazer a produção certa.
O importante é o auto conhecimento, para saber o que nos caiu bem e qual o nosso estilo.
Consumo consciente não quer dizer comprar menos, mas sim comprar certo…não só com a emoção, mas também com a razão – e achar sempre o equilíbrio das coisas.